Na fase do diagnóstico, é comum surgirem sentimentos de forma muito intensa, principalmente porque as mulheres percebem o câncer de mama como uma mutilação ou, ainda, como uma sentença de morte. Não importa a idade, a classe social ou o nível cultural, neste momento, as emoções vivenciadas são muito parecidas para todas as mulheres, ou seja, raiva, tristeza, ansiedade, angústia, medo e luto.
Todos esses sentimentos são gerados, não apenas pela confirmação do diagnóstico de um câncer, mas principalmente pelo fato da mama estar diretamente relacionada à feminilidade, ao prazer, à sensualidade, à sexualidade e, mais intensamente ainda, à maternidade.
Receber uma notícia como essa não é fácil e traz à tona a imponderável questão da finitude. Entretanto, cada paciente tem sua própria trajetória durante o tratamento de um câncer de mama, que pode ou não necessitar da retirada das mamas, que pode ou não causar queda dos cabelos, entre outros fatores variáveis.
Durante todo o processo, ou seja, do diagnóstico à reabilitação, a paciente com um tumor nas mamas passará por perdas, que precisarão ser elaboradas, aceitas e compreendidas. Por isso, o apoio de um profissional da área de psicologia pode contribuir para reduzir o desgaste emocional, dar orientações e conselhos. Grupos de apoio também são importantes, pois possibilitam a troca de experiências entre pessoas que passam pelo mesmo problema.
Apesar de todo o impacto emocional, vale lembrar que quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura são altas, chegando a 90% em alguns casos. As mulheres precisam se conscientizar sobre a prevenção e sobre a adoção de hábitos saudáveis de vida para prevenir o risco de desenvolver um câncer de mama.